Aparelho de radioterapia está sem uso na Santa Casa de Ourinhos

Foto: Reprodução TV TEM

A Santa Casa de Ourinhos tem um equipamento que poderia salvar a vida de pacientes com câncer e precisam do tratamento de radioterapia, mas há um ano o processo burocrático atrapalha e deixa quem precisa do equipamento na mão.

O hospital tenta credenciar o equipamento no Ministério da Saúde para atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), mas até o momento não há data para isso acontecer.

Em nota, o Ministério da Saúde disse que a autorização de funcionamento do equipamento depende das avaliações feitas por órgãos locais responsáveis e que para obter a habilitação, a Santa Casa de Ourinhos poderá integrar o serviço de radioterapia a um dos serviços oncológicos já habilitados na região.

O investimento foi de R$ 10 milhões com a máquina que é de última geração e com a sala onde foi instalada. Tudo foi pago com recursos próprios. A capacidade de atendimento é de até 120 pacientes por dia, mas atualmente 15 são atendidos por meio de convênio médico e particular.

“Essa demora é grande, tem mais de um ano que nós estamos esperando. Nós estamos esperando ansiosamente para essa liberação. Vários pacientes nos procuram e eu não consigo dar uma data para que a gente consiga começar as atividades no serviço”, explica o responsável setor de oncologia da Santa Casa Norberto de Souza Paes.

Sem tratamento

Além da falta de equipamento em Ourinhos, a cozinheira Rosângela Souza Pedro também enfrenta a demora para começar o tratamento no Hospital Amaral Carvalho, em Jaú. Ela retirou quatro nódulos da mama no final do ano passado, fez quimioterapia e, segundo ela, desde maio desse ano aguarda o início da radioterapia. “Direto a máquina de radioterapia quebra em Jaú. Não é só comigo. Vários pacientes estão sem tratamento.”

O Hospital Amaral Carvalho informou que a avaliação médica para realização da radioterapia na Rosângela ocorreu em junho deste ano e a paciente deverá iniciar o procedimento neste mês.

Mas, segundo o médico oncologista Thiago Saldanha Rodrigues a demora para começar o tratamento já prescrito pode comprometer a saúde do paciente. “Se você não faz a radioterapia no tempo certo, o paciente não consegue ser operado. A doença progride e torna-se uma doença inoperável. Isso é um mal prognostico para o doente que pode evoluir para óbito pela doença.”

Como se não bastasse essa incerteza, Rosângela também tem pela frente a dificuldade de hospedagem em Jaú durante o tratamento, já que a viagem de 340 quilômetros de Ibirarema até lá seria muito desgastante. Em Ourinhos, a prefeitura informou que por dia transporta 15 pacientes que fazem radioterapia em cidades da região. “De viagem são três horas para ir e três horas para voltar. Você perde o dia todo”, reclama Rosângela.

Fonte: G1

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